domingo, 21 de agosto de 2011

- future

 
Comecei a escrever: 
Quero trancar a porta e fechar bem as janelas; quero sentir o chão frio e desconfortável; quero agarrar o meu cabelo, despenteá-lo, e puxá-lo até sentir os finos fios de cabelo eliados nos meus dedos e vê-los cair aleatoriamente sob as minhas pernas.
Não quero travar as lágrimas nem controlar o sufoco em que está o meu coração, pois já foram demasiados meses de lágrimas engolidas e de fingir que está tudo bem.
Tanto tempo a fazer-me de forte e a acreditar que tudo iria acabar tal como eu sonhara. Mas não. Mais uma vez, a vida foi injusta e tirou-me a pessoa que me tocou bem no fundo do coração, como ninguém alguma vez o fez.
Sinto necessidade de repetir todas as conversas e todos os momentos, preciso de o ver sorrir para mim, preciso de sentir novamente o cheiro da sua roupa e da sua pele, a textura das suas mãos e o calor dos seus lábios. Preciso dela e do seu coração de manteiga que um dia irá sentir saudades de bater perto do meu.”
Contudo, e tal como disse Bob Marley: “Difícil não é lutar por aquilo que se quer, é sim desistir daquilo que mais se ama. Eu desisti. Mas não penses que foi por não ter coragem de lutar, foi por não ter mais condições para sofrer.”, chegou a hora de parar com as lamentações e com toda esta dor. Está na hora de limpar as lágrimas, respirar fundo, erguer o rosto e sorrir.
Cheia de confiança e coragem, vou conquistar certezas e coleccionar cores para pintar a tela do meu futuro.
Será constituída por tonalidades repletas de vivacidade. Porém, terá também uma pequenina mancha em tons mais negros. Essa mancha és tu e a marca que me deixaste para sempre, mas, com o passar do tempo, irá ficar cada vez mais clara e mais bonita, tal como a nossa amizade!

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